VENDO VIVENDO OUVINDO
22 JANEIRO 2013
50ª postagem
BLOG: "Grupos de Apoio aos Portadores de Deficiência
Visual-baixa visão e/ou cegueira-na Cidade de São Paulo".
ITEM: AUDIODESCRIÇÃO
No dia de Santa Luzia, protetora dos olhos, interessados na
técnica de audiodescrição se reuniram na UFJF (Campus). Compareceram 110 interessados de diferentes estados brasileiros. Lembrada como o Dia Nacional do Cego e de Santa Luzia, a data de 13 de dezembro foi escolhida pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) para
dar início ao 2º Encontro Nacional de Audiodescrição e 3º Encontro de
Acessibilidade.
OBJETIVOS
Discutir o conceito e as diversas possibilidades de
aplicação da audiodescrição,oferecendo aos participantes oportunidades de
reflexão e prática para que possam compreender a abrangência,importância e
benefícios.o que certamente irá contribuir para a dissiminação e implantação do
recurso, em suas regiões.
O Secretario Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com
Deficiência,Antonio José Ferreira,frisou a importância da audiodescrição para o
acesso de deficientes visuais à comunicação.
O representante da Organização Nacional dos Cegos (ONCB) Clovis
Alberto Pereira citou ações que deveriam ser implantadas, no País, para melhorar
a acessibilidade como: ampliar o acesso nas televisões abertas e por
assinatura, incluir audiodescrição em escolas públicas e privadas e promover
cursos de extensão acadêmica nessa área.
De São Paulo a professora Livia Motta representando os áudio escritores
ressaltou que o assunto tem atraído pessoas de diversas áreas; como artes
cênicas, dublagem e cinema, além de ter aumentado o número de publicações
acadêmicas. "Nossa intenção é regularizar a audiodescrição de forma que as
pessoas cegas possam escolher a peça ou o filme, de acordo com o seu gosto
pessoal, e não como única opção”, ressaltou a representante.
Também, de São Paulo o representante do público consumidor
Paulo Romeu Filho comentou que há muito por fazer, sobre o tema...lembrou que o
Ministério das Comunicações instituiu como obrigatórias duas horas de audiodescrição
a cada 168 horas de programação de TV aberta. "Isso é muito pouco, Devemos
aumentar a quantidade de horas e a diversidade dos programas, como novelas e
shows, não apenas filmes". Prosseguindo, Paulo Romeu Filho cita possíveis
soluções para melhorar a educação dos deficientes visuais: aumento do número de
professores com conhecimento básico em audiodescrição, formação de profissionais
com disposição de trabalhar na área e produção de livros didáticos no formato
DAISY (sigla em inglês para Sistema de Informação Acessível Digital).
OLHAR do PÚBLICO
A professora de Educação Física no Colégio de Aplicação da
Universidade Federal do Maranhão,Ana Maria Lima Cruz apaixonou-se pela audiodescrição. Ela dá aulas para alunos com dificuldade visual e
afirma: "O meu grande desafio era transcrever a linguagem corporal em
palavras, e a audiodescrição é um recurso que vai me dar suporte para fazer
esse trabalho na escola".
A atriz de dublagem Monica Magnani faz audiodescrição de filmes
para televisão há cerca de um ano.Ela afirma que, na maioria das vezes, não se
tem resposta do deficiente visual quanto ao trabalho realizado.Ela
comentou, ainda o processo da produção."Temos que passar a informação da
forma mais sucinta possível e só podemos falar nos trechos sem diálogo, de
forma a não deixar o áudio poluído, pois também deve haver um intervalo
para se saborear o silêncio".
A deficiente visual Sara Bentes cantou a música "Pra
Que", de sua autoria. A letra fala sobre pessoas com a mesma deficiência: "Se
quiser me ajudar, pergunte primeiro se eu preciso. E se for me ajudar, pergunte
primeiro como”. No final do Evento foi apresentado o filme "COLEGAS”, premiado
no Festival de Gramado e produzido por Marçal de Souza. Também deficiente
visual. O filme foi disponibilizado em audiodescrição.
FONTE: Secretaria de Comunicação da Universidade Federal de Juiz
de Fora
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Abraço solidário
Aurora
e-mail:aurora.s.celli@gmail